Em Cartaz 2009. Gattaca
Começamos então o projeto Em Cartaz de 2009, onde temos uma lista de filmes que serão passados toda última sexta feira do mês e que após os mesmos temos uma discussão sobre alguns temas abordados pelo filme. Primeiro filme: Gattaca.
Resenha:
A história do filme gira em torno do inválido e que foi concebido da à moda “antiga” Vicent Freeman que tem o sonho de ser astronauta e viajar para Titã, uma das luas de Júpiter. No entanto, esse sonho é aparentemente irrealizável já que nunca lhe seria permitido ter acesso a esse tipo de emprego por ele ter uma série de pré-disposições a doenças e uma perspectiva de vida mais baixa que o normal. Como a maior comprovação de sua “inferioridade” existe seu irmão que foi planejado em laboratório e sempre o superou em todas as atividades que praticavam juntos.
Tentando alcançar seu sonho Vicent procura um “pirata genético” que lhe fornece métodos para que ele possa se passar por Jerome Morrow, um válido paralítico em decorrência de um acidente e por isso aceita participar desse crime. Os meios para ingressar na Corporação Gattaca e se tornar um astronauta não são fáceis e Vicent é obrigado a adulterar seus exames de sangue diariamente e levar seu corpo para além dos limites de um “inválido”. Cada fio-de-cabelo de sua cabeça era um prova contra ele da qual precisava se livrar.
Depois de finalmente conseguir ser escalado para a viagem, o misterioso assassinato de seu superior o torna um dos suspeitos e daí em diante o cerco começará a se fechar de forma muito rápida. Irene companheira de trabalho e amada de Vicent também se tornará cúmplice de seu segredo.
Discussão após o filme:
Limiar:
Uma das coisas apontadas foi o fato de todo válido ter um limiar fixo, ou seja, eles nunca passariam desse limiar, seja ele físico ou mental. Já um inválido, não tem tal limiar afixado, logo, os inválidos podem sempre se superar.
Cotas x Filme:
Muito interessante levar-se em conta que a sociedade atual, assim como a do filme, tem um grande preconceito com, os ditos, “inválidos”. No caso da nossa sociedade (e mais especificamente, na nossa atual fase de vestibulandos) os cotistas seriam os inválidos, e nós, que estudamos em um colégio particular, os “válidos”. E assim como no filme, o preconceito é visível. Temos então o lado doído das cotas. Seriam elas uma forma de preconceito?
Classificação “inválidos e válidos”:
Todos fazemos uma avaliação das pessoas automaticamente. Sempre fazemos isso. E é natural do ser humano fazer isso, desde a escolha de pessoas para as coisas mais ínfimas até as com maior importância na nossa vida.
Certo x Errado:
Certo e errado são relativos? Ou são sempre fixos, o que é certo é certo e ponto? Essa classificação não seria apenas uma imposição da sociedade? Seria o certo sempre justo?
Moral da história:
A perfeição é apenas uma utopia gerada pelo ser humano, não é possível uma pessoa ser perfeita, estar sempre certa e ser bom em tudo o que faz.